febre de Orgulho e Preconceito

Eu assisto Orgulho e Preconceito (2005), dirigido por Joe Wright, uma vez por ano. Não sei se deixo um intervalo tão grande entre as exibições porque preciso de tempo para me recuperar do frenesi que me ataca, ou se fico nesse frenesi por causa do intervalo. O fato é, eu assisti Orgulho e Preconceito de novo duas semanas antes do final das aulas, e passei três semanas inteiras sem conseguir pensar em outra coisa.
Em 2005, Joe Wright lançou uma obra de arte. Sim, eu li o livro, sei que não é uma adaptação perfeita, mas não vejo como isso é relevante levando em conta o fato de que arte. É um daqueles casos mágicos nos quais o livro é arte e o filme também e ambos são lindos de formas vagamente diferentes, suficiente para que sejam únicos em suas intersecções.
Sempre ouvi falar que a adaptação mais fiel era a da minissérie da BBC de 1991 - com exceção da cena do Colin Firth saindo do lago de camisa molhada, da qual ninguém reclama - mas nunca tinha conseguido encontrar para ver. Decidi tomar vergonha na cara e procurar no google, e tcharam, apareceu.

É de fato uma boa versão. Gostei de como eles representam absolutamente todos os eventos do filme. Mas, em matéria de arte, fico com Orgulho e Preconceito (2005), dirigido por Joe Wright.

"Então o filme é completamente circular. Você começa e termina com o nascer do sol."
Depois de ver a história duas vezes, ainda não era o suficiente. Então eu fui atrás de fanfics. Encontrei várias muito boas e uma apenas genial, em que a história foi transposta para os tempos atuais e a Elizabeth era o Eli e o Darcy era a Darcy. Não consigo achar para colocar aqui, então vou fazer toda uma lista de fanfics boas:
-Kisses (Everytime they kiss, Elizabeth wonders. AU.)
-Superman (This is a tale of missing undershirts and a missing child, and the quest for a tolerable cup of coffee.
-Five Times Fitzwilliam Darcy Shared a Bed With a Woman
-A Most Helpful Hand (When Mr. Darcy comes to Netherfield for a short visit, Mr. and Mrs. Bingley think it wise to mind his comfort and, of course, Elizabeth's.)
-Love in this Club (Because there are more ridiculous places to fall in love. Modern AU)
-First Kisses
-Some Small, Uncharted Star (Elizabeth Bennet knows, of course, what attraction feels like.)

Mas ainda não era o suficiente. Então eu reassisti alguns episódios de The Lizzie Bennet Diaries, uma webseries na qual a Lizzie cria um canal no youtube para seu projeto de pós-graduação.
Inclusive, foi idealizado pelo Hank Green. Inclusive, ganhou prêmios. Porque é muito bom.


Mas aiNDA NÃO ERA O SUFICIENTE. Eu estava tão pilhada em Orgulho e Preconceito que sabia que qualquer coisa que tentasse escrever sairia como uma cópia de meia tigela, então reimaginei e escrevi de forma consciente para tirar do meu sistema. Jaqueline e Moura são os meus protagonistas, ele um cara que pulou direto da graduação para o doutorado e ela uma graduanda normal. Passei quase três semanas escrevendo, e não ficou nenhuma obra prima, mas foi um sentimento muito bom.

Responsabilidades me obrigaram a fazer um intervalo de vários dias entre o começo e o fim de Orgulho e Preconceito e Zumbis, que esperava ansiosamente assistir desde o lançamento em 2015. Tem zumbis! As Bennet são badass! O Matt Smith faz o Reverendo Collins!


Porém, fiquei bastante decepcionada com o filme. Não tenho nada contra os zumbis. Achei uma ideia hilária e fabulosa, e sinto que daria para fazer algo bastante incrível com o conceito. E eles se esforçam, chegando a desenvolver toda uma trama de guerra e ação e o eventual apocalipse, mas ao mesmo tempo foi tudo um pouco forçado e um pouco simples demais. Tudo bem, esse não foi o grande problema. Eu poderia ter ignorado se eles não tivessem entendido o relacionamento da Lizzie e do Darcy errado. Toda a graça do envolvimento dos dois é que o Darcy não percebe a acidez da Lizzie como a animosidade que é, e ele nunca é rude de propósito, com ela ou com qualquer um. Mas, no filme, os dois são francamente hostis um com o outro. É difícil entender como o Darcy poderia ter confundido aquilo como sinais de que era uma boa ideia pedi-la em casamento, e como a Lizzie poderia perceber que julgou-o mal.

Isso me deixou triste. Eu adoro o Sam Riley.


Depois de tudo isso, eu me acalmei. Um pouco.
Para terminar, fui na netflix procurar o que quer que pudesse encontrar. E encontrei Austenland.


Poxa, eu me identifiquei muito só de ver a capa.
É uma comédia romântica sobre uma moça aficionada por Jane Austen que vai para uma experiência de imersão que promete um amor como o dos livros. É engraçado e fofo e tem plot twists e me deixou muito contente, então recomendo.

Só faltou reler o livro. Talvez eu possa fazer isso mês que vem.

(ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧ 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

sentimentos causados por A Letra Escarlate

Steven Universe!

Meu pobre, precioso holandês.